Maputo, Moçambique, 22 Nov – As exportações a partir dos portos do Norte de Moçambique ascenderam a 60 milhões de dólares até final de Outubro, o dobro do registado em igual período do ano passado, revelam dados da Direcção da Indústria e Comércio da província de Cabo Delgado.
O valor das exportações a partir dos portos de Pemba e Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, e Nacala, na vizinha província de Nampula, cresceu de forma mais expressiva do que a quantidade dos bens expedidos, que subiu de 54 mil toneladas entre Janeiro e Outubro de 2004, para 63 mil toneladas em igual período deste ano, de acordo com o boletim IPEXInfo.
No período, os dois principais produtos de exportação foram as madeiras (13 milhões de dólares) e algodão em fibra (oito milhões de dólares). Outras exportações, em que se incluem culturas como o milho e mapira, e minerais como a grafite, ascenderam a 35 milhões de dólares.
Este ano, o montante de exportações dos dois portos de Cabo Delgado já superou o valor das exportações nos doze meses de 2004, 23,4 milhões de dólares.
Segundo o referido organismo moçambicano, no final de 2005 exportações deverão triplicar face ao ano anterior.
A expedição de produtos a partir do Norte de Moçambique tem aumentado continuamente desde 2002, altura em que foi reabilitado o “Corredor de Nacala”, caminho de ferro que liga o norte do país ao “hinterland” africano, países como o Malaui e Zâmbia.
A linha que liga Nacala, na costa, à fronteira com o Malaui tem uma extensão de perto de 900 quilómetros, e é gerida em parceria público-privada pela Sociedade de Desenvolvimento do Corredor de Nacala, que junta os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e empresas da capital português (Tertir), norte-americano (RDC) e sul-africano (Rennies). (macauhub)