Lisboa, Portugal, 22 Nov – O estudo de viabilidade do novo aeroporto de Lisboa, encomendado pelo governo português ao Banco Efisa, indica que a infra-estrutura deverá custar perto de 3,6 mil milhões de euros, e será rentável a partir de 2017.
O estudo, divulgado hoje pelo Diário de Notícias, propõe ainda soluções para que o novo aeroporto, situado cerca de 50 quilómetros a norte da capital portuguesa, na Ota, possa ser construído sem recurso a verbas do Orçamento de Estado.
Os 472 milhões de euros estimados de investimento do Estado português, poderão ser reduzidos ou mesmo suprimidos, caso o período de concessão do aeroporto seja alargado em cinco anos em relação ao previsto, para 30 anos, a contar de 2009.
Outras soluções apontadas são o reforço dos fundos da União Europeia, o acréscimo das tarifas aeroportuárias e a criação de um Fundo de Desenvolvimento, financiado com uma taxa a suportar pelos passageiros do actual aeroporto que serve a capital, a Portela.
Segundo a proposta hoje divulgada, o aeroporto deverá ser financiado em 57,8 por cento através de endividamento bancário – metade através da banca comercial e a outra metade pelo Banco Europeu de Investimento – em 18 por cento por fundos comunitários e 11 por cento de fundos próprios, além dos referidos 472 milhões.
Os custos de construção do aeroporto, cujo projecto será apresentado na terça-feira em Lisboa, são estimados pelo Banco Efisa em 3 mil milhões de euros.
A este montante, acrescem custos de financiamento, custos operacionais, contas de reserva e outras aplicações, que elevam o total para 3,6 mil milhões.
As previsões apontam para que o novo aeroporto gere resultados EBITDA positivos a partir de 2017, em torno de 180 milhões de euros, e lucros dois anos depois, de perto de 7,2 milhões de euros.
O aeroporto da Ota é, juntamente com o comboio de alta-velocidade, o principal projecto de desenvolvimento de infra-estruturas do actual governo português.(macauhub)