Maputo, Moçambique, 14 Dez – A economia de Moçambique deverá crescer 8,2 por cento em 2006, acima das previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), graças ao impulso das exportações e investimento em infra-estruturas, revelou hoje o ministro moçambicano da Planificação e Desenvolvimento.
O ministro Aiuba Cuereneia, que falava na cerimónia de encerramento do ano económico da Câmara de Comércio e Indústria de Moçambique, afirmou ainda que as exportações de Moçambique deverão atingir 1.803 milhões de dólares no próximo ano, mais 15 por cento do que a previsão para 2005.
Para o crescimento da economia previsto, afirmou o governante moçambicano, será ainda decisivo o desempenho esperado com a construção e reabilitação de infra-estruturas.
Quanto ao andamento da economia moçambicana este ano, Cuereneia considerou “satisfatório” o nível de investimento atingido até Setembro.
No total, afirmou, as autoridades moçambicanas aprovaram no referido período 101 projectos de investimento directo, susceptíveis de criar cerca de 7500 novos postos de trabalho.
O ministro da Planificação e Desenvolvimento salientou ainda que foi possível manter a inflação em 5,2 por cento este ano, apesar do aumento acumulado do preço dos combustíveis, que atingiu 40 por cento até Outubro.
Cuereneia manifestou-se ainda convencido de que o valor do Metical vai recuperar até final deste ano, depois de, até Setembro, ter registado uma depreciação de 31 por cento face ao dólar norte-americano e de 15,2 por cento face ao rand sul-africano.
O Fundo Monetário Internacional prevê que o produto interno bruto de Moçambique atinja 159,9 mil milhões de meticais este ano, mais 7,4 por cento do que em 2004.
Em 2006, a economia deverá crescer 7,7 por cento, para 184,3 mil milhões de meticais, de acordo com as últimas previsões da instituição financeira internacional.
Este ano as exportações moçambicanas seguem em alta de 20 por cento em relação ao ano passado, impulsionadas pelas vendas de energia e produtos naturais, como pescado e caju.
As importações subiram 14,7 por cento face ao ano passado, somando 553 milhões de dólares, e o saldo da balança comercial agravou-se em cinco por cento, face ao registado no segundo trimestre do ano passado, para 154,7 milhões de dólares negativos. (macauhub)