Luanda, Angola, 06 Fev – O envolvimento chinês em Angola esteve em alta no segundo semestre de 2005, particularmente nos sectores do petróleo, construção e indústria, revela um relatório da cooperação suíça.
Além dos referidos sectores, diz a Swiss Peace no relatório divulgado no final da semana passada, “o envolvimento chinês aumentou ainda mais” na agricultura, saúde, educação e telecomunicações.
Particularmente activo, refere, esteve o sector do petróleo, com o acordo entre a petrolífera estatal Sonangol e a “joint-venture” China Sonangol International Limited para exploração conjunta dos blocos 3/05 e 3/05A, em Outubro.
No mesmo mês, outro consórcio angolano e chinês, a Sonangol Sinopec International, terá, segundo relatos de “intelligence” obtido um financiamento de 1,2 mil milhões de dólares nos mercados de capitais internacionais para desenvolver o Bloco 18.
O relatório realça ainda a reabertura da Empresa Nacional Angolana de Aço, com uma participação chinesa significativa.
Outro importante projecto envolvendo os dois países é, diz a Swiss Peace, o “estrategicamente crucial” caminho-de-ferro de Benguela, que deverá estar e funcionar em pleno em 2007.
A China emprestou a Angola para trabalhos de reconstrução do país cerca de 2 mil milhões de dólares.
Entre os investimentos mais importantes no segundo semestre do ano passado, o relatório coloca ainda a nova fábrica de lapidação de diamantes de Luanda, a maior de África, um investimento conjunto da diamantífera estatal Endiama e do magnata israelita Lev Leviev.
Destaca ainda a barragem de Capanda, no Malange, financiada pela brasileira Odebrecht, mas ressalva que o fornecimento de energia a Luanda “pode levar muito mais tempo a materializar, dado o estado depauperado das linhas de distribuição”. (macauhub)