São Paulo, Brasil, 07 Mar – A empresa brasileira Azaléia vai iniciar a produção na China, nos próximos meses, através de uma parceria com um empresário local, anunciou segunda-feira a maior fabricante de calçados da América Latina.
O parceiro chinês, cuja identidade não foi divulgada, será responsável pela produção de cerca de 30 modelos da empresa brasileira, nomeadamente de calçado feminino.
O calçado da marca Azaléia produzido na China deverá ser exportado directamente para os Estados Unidos, o principal mercado consumidor da marca, salientou o director de marketing do grupo.
O início da produção na China é resultado da valorização da moeda brasileira em relação ao dólar norte-americano, que diminuiu a competitividade da Azaléia no mercado internacional.
Desde 2002, a moeda brasileira registou uma valorização de cerca de 40 por cento em relação ao dólar, cotada actualmente a 2,12 reais por cada dólar.
Por causa da valorização do real, as exportações da Azaléia diminuíram 26 por cento, no ano passado, depois de registar o maior volume de sempre de vendas em 2004, um total de nove milhões de pares de sapato para mais de 70 países.
A valorização da moeda brasileira tem prejudicado as exportação de todos os fabricantes de sapatos, segundo número da Abicalçados, entidade que representa o sector no Brasil.
As exportações totais de calçados brasileiros diminuíram de 212 milhões de pares em 2004 para 189 milhões de pares em 2005.
Em Janeiro deste ano, as exportações totais de calçados diminuíram sete por cento para 141 milhões de dólares, face a igual período de 2005.
Criada em 1958, na cidade de Novo Hamburgo, a 80 quilómetros de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, região Sul do Brasil, a Azaléia é um dos cinco maiores grupos mundiais na produção de calçado.
Líder do segmento feminino na América Latina com as marcas Azaléia e Dijean, e líder do segmento desportivo no Brasil com a marca Olympikus, a Calçados Azaléia produz cerca de 45 milhões de pares por ano.
Actualmente, a empresa mantém cerca de 16 mil trabalhadores e regista uma facturação anual de cerca de 460 milhões de dólares. (macauhub)