Washington, Estados Unidos, 20 Abr – O Fundo Monetário Internacional elevou em 11 pontos percentuais, para 26 por cento, a sua estimativa de crescimento para a economia angolana, que agora prevê ser a que mais vai crescer em África em 2006.
No seu relatório de Primavera sobre o andamento da economia mundial, World Economic Outlook, o FMI prevê uma aceleração da economia de todos os países de língua portuguesa, em relação ao ano passado, apontando para um crescimento do PIB de 7,9 por cento em Moçambique e de 7 por cento em Cabo Verde.
A economia de São Tomé deverá crescer 4,5 por cento, mais 0,7 por cento do que em 2005, e a da Guiné-Bissau 2,6 por cento.
Estes dois países são os únicos da África de língua portuguesa que deverão acelerar o seu ritmo de crescimento no próximo ano, de acordo com as previsões do FMI, que apontam ainda para um recuo em Angola, para 20,2 por cento, Moçambique (sete por cento) e Cabo Verde (6,5 por cento).
Em 2006, o crescimento da economia angolana destaca-se no continente africano, à frente da Mauritânia (18,4 por cento) e Sudão (13 por cento).
A previsão de crescimento de 26 por cento para Angola aproxima-se da governamental, que aponta para 28 por cento, e destaca-se dos 15 por cento estimados pelo FMI no final de Março, no último relatório sobre a economia angolana.
O Fundo previa então um crescimento da economia de Angola acima de 13 por cento entre 2007 e 2010, graças às receitas petrolíferas, permitindo aumentar despesas públicas e reduzir significativamente o nível de endividamento do país.
Graças ao aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais, a África sub-saariana irá crescer 5,8 por cento este ano, o ritmo mais elevado no continente, e o mais alto registado na região nos últimos 30 anos.
Para o FMI, na região “o crescimento intensificou-se”, e “será crítico suster e acentuar a performance económica recente para gerar um impacto duradouro na redução da pobreza”.
Excluindo Nigéria e África do Sul, as duas maiores economias da região, o crescimento atinge 6,9 por cento, de acordo com os números divulgados na quarta-feira. (macauhub)