Lisboa, Portugal, 09 Jun – A Agência Portuguesa para o Investimento vai poder apoiar projectos no país cujo valor seja inferior a 25 milhões de euros, mas sejam considerados de interesse económico, após a integração com o ICEP Portugal, revelou o presidente do organismo.
Até agora, a API dedicava-se apenas a investimentos de valor superior a 25 milhões de euros e quando o volume de negócios do investidor estrangeiro fosse superior a 75 milhões de euros, mas, segundo Basílio Horta, no futuro o único requisito será que o investimento seja considerado “estruturante”.
Enquadra-se nesta definição, afirmou citado pela agência noticiosa portuguesa Lusa, o investimento “que produz bens transaccionáveis, que inova no processo produtivo, transfere tecnologia, qualifica mão-de-obra e desenvolve as regiões”.
Falando num colóquio da Associação de Amizade Portugal-Estados Unidos, Horta adiantou que a API aprovou projectos de investimento no valor de 1.200 milhões de euros até Abril, mais um terço do que em igual período do ano passado e quase o dobro do registado no ano anterior.
Até ao final do ano, “é optimista, mas possível” atingir os dois mil milhões de euros de investimento, afirmou.
O novo organismo, denominado Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, que resultará da integração da API no ICEP, terá a seu cargo o investimento e comércio externo, mas também a internacionalização das empresas portuguesas.
Em declarações ao Diário Económico na quarta-feira, Basílio Horta explicou que “os representantes do ICEP no estrangeiro passam a ser também para o IDE e, nalguns casos, até prioritariamente para o investimento, dependendo dos mercados em que se situam”.
Horta exemplificou que Espanha será considerado um mercado prioritário em todas estas três vertentes, enquanto o Médio Oriente será apenas para a exportação e o Magrebe para a internacionalização.(macauhub)