Cidade da Praia, Cabo Verde, 04 Jul – O governo de Cabo Verde vai privatizar em bolsa mais 25 por cento da Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos (SCT), o título actualmente mais negociado no mercado de capitais do arquipélago.

De acordo com a Bolsa de Valores de Cabo Verde, deverá ter lugar ainda esta semana a dispersão de um lote de 60 mil acções da SCT, ao preço unitário de 6.335 escudos cabo-verdianos.

A subscrição pública tem como principais destinatários pequenos investidores, emigrantes, investidores institucionais e público em geral.

A dispersão de perto de 22 por cento do capital da SCT, juntamente com a do Banco Comercial do Atlântico, em Dezembro do ano passado, foi uma das medidas do governo para relançar o mercado de capitais, procurando dar-lhe um lugar de destaque no contexto regional.

Na altura, a procura procura de acções da SCT correspondeu a mais do dobro do número de títulos disponíveis, no que foi interpretado como um sinal do crescimento da actividade do mercado.

Esta empresa distribuiu recentemente o maior dividendo do ano no mercado de capitais do país, 577 escudos por acção, num total de 138,6 milhões de escudos, 95 por cento do resultado do ano passado.

A subida da cotação da SCT, desde então, tem vindo a contribuir para o aumento do volume de transacções no mercado accionista cabo-verdiano, que no início de Junho registou um máximo histórico de 12,2 milhões de escudos cabo-verdianos (142.300 dólares) numa sessão.

Na segunda-feira, a Bolsa de Valores adiantou ainda que está a ser ultimada a privatização de parte do capital das empresas públicas de combustíveis (Enacol) e medicamentos (Emprofac).

“Com a criação da Bolsa de Valores de Cabo Verde, sem prejuízo da participação do parceiro estratégico estrangeiro, tornou-se prioridade fomentar a participação dos cabo-verdianos nas empresas privatizadas”, refere.

Além da abertura de capital, as autoridades publicaram ainda nova legislação para flexibilizar as operações financeiras e incentivar a cotação de empresas privadas. (macauhub)