Bissau, Guiné-Bissau, 17 Jul – As Ilhas Maurícias e a Guiné Equatorial foram admitidos domingo pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP com o estatuto de “observadores associados”, contrariando a indicação de que ambos podiam ser ” membros de pleno direito” da comunidade lusófona.
A decisão foi uma das conclusões da XI Reunião do Conselho de Ministros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu domingo em Bissau e que antecipa a VI Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, que terá lugar hoje na capital guineense.
Em conferência de imprensa, o secretário executivo da CPLP, Luís Fonseca, explicou que os dois países “não reúnem as condições exigidas” para integrarem a organização lusófona.
Luís Fonseca lembrou que os estatutos e o espírito da criação da CPLP destacam a língua portuguesa como “factor comum” aos países da organização, sendo que qualquer país que a queira integrar terá de ser de expressão portuguesa.
A atribuição do estatuto de observadores associados às Ilhas Maurícias e à Guiné Equatorial deve ser salientado uma vez que representa um acréscimo da visibilidade, mas também de responsabilidade para a CPLP, defendeu o secretário executivo da organização.
Isaac Monteiro informou ainda sobre a decisão de aceitar a atribuição do título de Embaixadores de Boa Vontade a sete personalidades do mundo lusófono, entre as quais os antigos presidentes Jorge Sampaio (Portugal), Joaquim Chissano (Moçambique) e José Sarney (Brasil).
Os restantes são Martinho da Vila (músico brasileiro), António Dias França Van-Dunen (ex-primeiro-ministro de Angola), Gustavo da Conceição (presidente do Comité Olímpico de Angola) e Albertino Bragança (académico e politico de São Tomé e Príncipe).
Os documentos aprovados domingo no Conselho de Ministros da CPLP serão hoje ratificados na Conferência de Chefes de Estado e de Governo, em que estarão presentes, além do anfitrião João Bernardo “Nino” Vieira, os presidentes de Ang ola, Cabo Verde, Moçambique e Portugal.
São Tomé e Príncipe é representado pelo primeiro-ministro Tomé Vera Cru z, Timor-Leste pela ministra da Administração Territorial, Ana Pessoa, e o Brasil pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. (macauhub)
