São Paulo, Brasil, 29 Ago – A implantação de uma rede no padrão GSM, em complemento da actual, na tecnologia CDMA, poderá representar para a operadora de telecomunicações móveis brasileira Vivo, poupanças anuais de 500 milhões de reais só na compra de aparelhos, estima o analista Felipe Cunha, do Banco Brascan.
De acordo com o analista, citado pela Valor Online, esta poupança acontecerá porque os aparelhos no padrão GSM são mais baratos, uma vez que são este sistema é o mais utilizado a nível mundial.
Apesar de prever que a empresa consiga conquistar clientes de menor poder económico com a aposta no GSM, o analista estima que, mesmo mantendo a actual base de clientes (28 milhões), com uma taxa de desistência anual de 30 por cento, a operadora deverá adquirir aos fabricantes cerca de 10 milhões de aparelhos por ano.
Estimando uma diferença de 50 reais entre o preço dos telemóveis GSM e CDMA, verificar-se-ão economias de 500 milhões de reais (quase 182 milhões de euros), conclui o analista.
A Vivo, participada da Portugal Telecom, escolheu como fornecedores para o fornecimento desta segunda rede a chinesa Huawei e a sueca Ericsson.
A empresa sueca anunciou na segunda-feira que fechou contrato com a Vivo para o fornecimento de uma rede GSM/GPRS, embora sem adiantar o valor do negócio.
Na semana passada, a Huawei tinha anunciado a assinatura do contrato para o desenvolvimento da rede GSM/GPRS da Vivo nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, igualmente sem divulgar detalhes financeiros da operação.
O presidente da Vivo, Roberto Lima, já revelou que a empresa pretende investir 1,08 mil milhões de reais (mais de 392 milhões de euros) no projecto, dos quais 900 milhões de reais (327 milhões de euros) serão pagos às fornecedoras. (macauhub)