Maputo, Moçambique, 01 Set – O Instituto da Propriedade Industrial de Moçambique (IPIM) registou cerca de 2200 marcas e patentes no ano passado, revelou ao jornal Notícias o director da instituição, Fernando dos Santos.
O responsável frisou que esta evolução traduz uma tendência crescente dos agentes económicos moçambicanos para protegerem a propriedade dos seus bens e serviços, mas frisou que ainda há sectores chave da economia que não utilizam plenamente este instrumento.
“Constatámos que as áreas estratégicas do nosso país ainda não estão a usar adequadamente este sistema. As áreas do pescado, algodão, castanha de caju e tabaco, por exemplo, que são áreas em que temos um potencial de competitividade mundial, não estão ainda a utilizar o sistema de propriedade industrial”, disse Fernando dos Santos, que falava numa conferência de imprensa na FACIM/2006, na quinta-feira.
O presidente do IPIM reconheceu que a temática da propriedade industrial é recente no país e nem sempre totalmente compreendida pelos potenciais beneficiários.
“Muita gente pensa que o Instituto só se relaciona com as indústrias, mas o registo de marcas e patentes serve também como mecanismo de protecção para a área do comércio”, afirmou Fernando dos Santos.
O director do IPIM revelou ainda que a instituição tem intensificado esforços para transmitir a mensagem que a propriedade industrial não visa somente a protecção, mas também a valorização das ideias e criações, numa óptica de aumento da competitividade.
“Se olharmos para a propriedade industrial desta maneira, não nos vamos limitar à questão do registo. Vamos utilizá-lo como um instrumento para promover a própria inovação e competitividade”, reforçou. (macauhub)