Exportações brasileiras para Macau crescem 32 por cento até Outubro

17 November 2006

São Paulo, Brasil, 16 Nov – As exportações do Brasil para Macau cresceram 32,6 por cento nos primeiros dez meses de 2006 relativamente ao mesmo período de 2005, de acordo com dados divulgados quinta-feira em Brasília pelo Ministério brasileiro do Comércio Exterior.

Entre Janeiro e Outubro, o Brasil vendeu a Macau bens no valor de 471 mil dólares, contra 355 mil dólares no mesmo período de 2005.

O valor registado nos dez primeiros meses do ano passado já havia superado o de igual período de 2004, quando as vendas brasileiras para Macau alcançaram 260 mil dólares.

“O avanço pode ter sido ainda maior”, afirmou Kevin Tang, director da Câmara de Comércio e Industria Brasil-China (CCIBC), em entrevista à Macauhub, uma vez que os dados oficiais “não são totalmente fiéis por não levarem em conta as exportações que chegaram a Macau através de Hong Kong ou da China”.

Enquanto as vendas brasileiras para Macau avançaram desde 2004, as exportações de Macau para o Brasil têm recuado — mas os valores aqui envolvidos são bem maiores, como mostram os dados oficiais do governo brasileiro.

De Janeiro a Outubro de 2006, o Brasil comprou 4,3 milhões de dólares a Macau depois de no mesmo período do ano passado ter adquirido bens no valor de 7,3 milhões de dólares.

Essa tendência — redução das exportações de Macau, aumento das exportações do Brasil — verifica-se desde há quatro anos.

De Janeiro a Outubro de 2002, Macau exportou 80 vezes mais do que importou do mercado brasileiro (2,3 milhões contra 28 mil dólares) tendo-se essa diferença reduzido para nove vezes em 2006.

O director da Câmara de Comércio e Industria Brasil-China vê como natural a trajectória ascendente das vendas brasileiras e o recuo nas vendas de Macau.

“A tendência é de equilíbrio do comércio bilateral”, avalia Tang.

Para os próximos períodos, Tang prevê um impulso ao comércio bilateral e aposta em uma entrada maior de produtos alimentícios brasileiros no mercado de Macau, pelo facto de ser este um sector “em que o Brasil é competitivo”.

Enquanto isso, o Brasil deve continuar a importar produtos industriais de Macau, como peças para indústrias de diversos sectores, diz o director da Câmara de Comércio e Industria Brasil-China. (macauhub)

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