Macau, China, 17 Nov – O governo de Macau vai continuar a procurar apoiar em termos fiscais as pequenas e médias empresas (PME) do território, afirmou quinta-feira o chefe do executivo Edmundo Ho ao apresentar as Linhas de Acção Governativa para 2007.

Edmundo Ho anunciou que o governo a que preside vai criar um Centro de Prestação de Serviços às PME e tentar obter junto da Companhia de Electricidade de Macau a diminuição das tarifas de energia eléctrica a fim de diminuir os custos de exploração daquelas empresas.

Das medidas preconizadas para obtenção de crédito por parte das PME, a mais importante incidirá sobre o alargamento das finalidades de aplicação dos fundos de apoio, a simplificação dos requisitos de candidatura, o aumento do limite máximo do montante a conceder e o prolongamento do prazo de reembolso.

O caminho da internacionalização, prossegiu o chefe do executivo, será igualmente apoiado pelas autoridades a fim de evidenciar o papel de Macau enquanto “plataforma regional de serviços”.

Assim, o executivo irá conceder maior apoio e assistência aos sectores com grandes potencialidades de desenvolvimento, designadamente, o sector de exposições e convenções.

Na sua intervenção Edmundo Ho disse que o governo continuará a promover activamente a cooperação regional tendente a transformar Macau numa plataforma de serviços com atractivos singulares e capacidade para proporcionar serviços de elevada qualidade, abrindo novos caminhos para o seu desenvolvimento e entrosamento no caudal comum do desenvolvimento regional.

O Chefe do Executivo disse ainda que a par dos esforços para promover o desenvolvimento local, o Governo irá aprofundar a cooperação estratégica com os territórios do Grande Delta do Rio das Pérolas, especialmente as províncias vizinhas de Guangdong e Fujian.

“Iremos agarrar com sentido estratégico as oportunidades únicas de desenvolvimento oferecidas pela zona económica a oeste do estreito e das regiões do centro, por forma a alcançar o desenvolvimento sustentável local dentro do contexto em que todas as partes saiam ganhadoras dos projectos de cooperação. Iremos também impulsionar projectos de parceria entre as empresas locais e as empresas do Continente Chinês e as empresas das regiões vizinhas e reforçar a cooperação económica multilateral com os países de expressão portuguesa” disse Edmundo Ho.

Para 2007, o executivo vai apresentar à Assembleia Legislativa uma proposta de Orçamento com receitas de 30.892 milhões de patacas, um aumento de 22,05 por cento face às receitas de 2005.

O grosso das receitas correntes provem dos impostos directos – quase 22 mil milhões de patacas – dos quais 20 mil milhões de patacas resultam dos impostos sobre as receitas do jogo.

Para investimentos, o executivo prevê uma despesa de 7.300 milhões de patacas, mil milhões de patacas a mais do que o previsto no Orçamento para 2006. (macauhub)