Governo de Macau quer 2007 como o ano da integração das indústrias do turismo, lazer, convenções e exposições

2 January 2007

Macau, China, 02 Jan – O Chefe do Executivo de Macau, Edmund Ho, disse domingo que 2007 será o ano de integração progressiva no território das indústrias de turismo, de lazer e de convenções e exposições.

Na sua mensagem de Ano Novo, Edmund Ho disse ainda que a integração das várias indústrias “é o primeiro sinal da conversão do sector económico predominante, contribuíndo para a expansão do mercado de consumo e a revitalização de alguns ramos de actividade tradicionais e o surgimento de novas oportunidades”.

“O sector de turismo, enquanto parte integrante da indústria cultural com vantagens competitivas intrínsecas, conhecerá um maior crescimento, por isso entendemos que este ano é crucial para a diversificação adequada da nossa economia”, disse ainda Edmund Ho.

Na sua mensagem, o Chefe do Executivo lembrou ainda que, pela primeira vez, o Governo Central em Pequim integrou no “Décimo Primeiro Plano Quinquenal” da China o desenvolvimento económico da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) e a sua cooperação multidisciplinar com o continente chinês, criando novas oportunidades para o desenvolvimento sustentável da RAEM.

Edmund Ho falava um dia depois de se ter reunido em Pequim com o presidente da República Popular da China, Hu Jintao e com o primeiro-ministro Wen Jiabao a quem apresentou as linhas de acção governativas para 2007.

O Chefe do Executivo da RAEM disse que ambos os dirigentes chineses reiteraram o forte apoio do Governo Central a Macau sob o princípio “um país, dois sistemas”.

Edmund Ho revelou ainda que as receitas fiscais de 2006 apontam para 27 mil milhões de patacas, dos quais 19 mil milhões provenientes do jogo.

Adiantou ainda ser possível constatar que as receitas do jogo, que chegaram a ocupar, nos últimos anos, 80 por cento ou mais do total das receitas de Macau, passaram para cerca de 70 por cento.

Edmund Ho revelou que as receitas de 2006 provenientes do imposto do jogo devem representar um aumento de cerca de 20 por cento em relação ao ano transacto.

O Chefe do Executivo referiu ainda que “apesar do sector do jogo continuar, por mais algum tempo, a ser o pilar da economia local, o Governo da RAEM vai empenhar-se no aperfeiçoamento da estrutura económica e estimular a diversificação da economia para deixar de depender em demasia do sector do jogo”.

O Secretário para a Economia e Finanças de Macau, Francis Tam, disse recentemente estar confiante que as receitas brutas do jogo do Território em 2006 possam ultrapassar 50 mil milhões de patacas (6,25 mil milhões de dólares).

Em 2005, as receitas brutas do sector dos jogos de fortuna ou azar atingiram 44.725 milhões de patacas, enquanto todo o sector do jogo totalizou 45.800 milhões de patacas.

As receitas brutas do sector do jogo em casino em Macau ultrapassaram no final do terceiro trimestre de 2006 as receitas de Las Vegas em 433 milhões de dólares, transformando Macau no principal centro mundial de jogo.

O Governo de Macau cobra 35 por cento de impostos directos sobre o jogo mais quatro por cento de impostos indirectos e uma série de taxas por cada mesa num casino e por cada slot machine.

O sector do jogo em Macau tem actualmente seis operadores de facto – três concessionários e três subconcessionários – dos quais apenas cinco estão a operar já que o consórcio entre a norte-americana MGM e Pansy Ho, filha do magnata dos casinos Stanley Ho, ainda não possui qualquer espaço de diversão.

Stanley Ho, através da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), explora 17 dos 24 casinos, a Galaxy Resorts possui cinco espaços de jogo, a Las Vegas Sands um casino (o maior do mundo) e a Wynn resorts um casino.

O consórcio entre a Melco e a australiana PBL, com Lawrence Ho, filho de Stanley Ho, não está ainda a operar nenhum casino mas explora diversas salas de slot machines.

Prevê no entanto abrir em 2007 o hotel/casino Crown, na ilha da Taipa e, um ano mais tarde, o casino City of Dreams também na Taipa.

Em 2007 irá abrir o hotel/casino Venetian, nos aterros entre as ilhas da Taipa e de Coloane, que terá como operador a Las Vegas Sands, o Grande Lisboa, o novo casino de Stanley Ho que ficará localizado no maior edificio de Macau e o MGM de Pansy Ho.

Em 2008 está igualmente assegurada a abertura na zona de aterros entre as ilhas da Taipa e Coloane de um complexo de casinos e hóteis propriedade da grupo Galaxy de Hong Kong.

Com a abertura a 23 de Dezembro de mais um casino em Macau, do grupo liderado por Stanley Ho, localizado na Doca dos Pescadores, Macau passou a ter 24 casinos.

Em 2002, quando terminou o monopólio de jogo da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM), de Stanley Ho, existiam 11 casinos em Macau. (macauhub)

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