Capitalização da bolsa de Cabo Verde deverá crescer mais de 5 vezes em 2007

8 January 2007

Lisboa, Portugal, 08 Jan – A capitalização da Bolsa de Valores de Cabo Verde deverá aumentar mais de cinco vezes este ano para 35 mil milhões de escudos cabo-verdianos beneficiando da admissão à cotação de novos títulos, afirmou sexta-feira em Lisboa o presidente da instituição, Veríssimo Pinto.

Falando à agência noticiosa portuguesa, Veríssimo Pinto precisou que em 2006, primeiro ano de actividade do mercado de capitais cabo-verdiano após o relançamento (Dezembro de 2005), foi atingida uma capitalização de 6,3 mil milhões de escudos cabo-verdianos (57,1 milhões de euros).

Para mais do que quintuplicar a dimensão do mercado financeiro, será decisiva a admissão à negociação de acções de algumas das maiores empresas do arquipélago, como a distribuidora de combustíveis Enacol e o Banco Comercial do Atlântico.

Este banco, controlado pelo grupo português Caixa Geral de Depósitos, irá dispersar em bolsa 12,5 por cento do seu capital social, um total de 125 mil acções.

De acordo com Veríssimo Pinto, está ainda prevista a dispersão de 28,5 por cento do capital social da Enacol, através de uma operação pública de venda de acções do Estado cabo-verdiano.

Também para este ano estão previstas duas importantes operações de emissão de obrigações.

A maior delas relaciona-se com o processo de viabilização financeira da Electra, empresa pública de água e electricidade, que vai vender no mercado obrigações no valor de 4,4 mil milhões de escudos cabo-verdianos (39,9 milhões de euros).

Também a ASA – Aeroportos e Segurança Aérea tem prevista para este ano uma emissão de obrigações no montante de 600 milhões de escudos cabo-verdianos (5,4 milhões de euros).

Outra operação prevista, de acordo com Veríssimo Pinto, é a transferência de um fundo imobiliário fechado de Macau para a Bolsa, com um valor superior a 22 mil milhões de escudos cabo-verdianos (perto de 200 milhões de euros).

Esta transferência, adiantou o mesmo responsável, “já tem autorização concedida” pela entidade reguladora do mercado.

Entre as empresas parcialmente privatizadas no ano passado, com o objectivo de relançar o mercado de capitais, destacam-se a Sociedade Cabo-Verdiana de Tabacos e o Banco Comercial do Atlântico. (macauhub)

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