Combate à pobreza em Moçambique avança, mas são necessárias mais reformas, FMI

6 February 2007

Washington, Estados Unidos da América, 06 Fev – Moçambique está a progredir no combate à pobreza e bem colocado para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, mas deve acelerar uma “segunda geração” de reformas para estimular a economia, defende o Fundo Monetário Internacional (FMI).

No seu mais recente relatório sobre o país, divulgado na sexta-feira à noite, o FMI considera como “prioritárias” para o “fortalecimento” da actual estratégia de redução da pobreza (PARPA II – Plano de acção para a redução da pobreza absoluta) a melhoria do clima de investimento, a modernização do sistema judicial e a execução “firme” de uma estratégia anti-corrupção.

“Sem esta segunda geração de reformas, o crescimento [de Moçambique] pode ser afectado”, conclui o FMI, na sua última avaliação ao desenvolvimento económico daquele país.

A adopção de um regime fiscal para o sector mineiro “em linha com as melhores práticas internacionais” necessita também de “atenção urgente”, frisam os responsáveis do Fundo.

Para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (MDG, na sigla em inglês), adianta o FMI, “o governo deve assegurar que o financiamento externo suplementar, incluindo recursos da iniciativa de perdão multilateral da dívida, sejam dirigidos às prioridades definidas e que há rentabilidade na despesa pública”.

O Fundo diz que Moçambique está “bem posicionado” para atingir os objectivos de desenvolvimento do Milénio, que visa reduzir para metade a taxa de pobreza até 2015, com um crescimento económico anual acima de cinco por cento.

O actual programa de combate à pobreza, PARPA II, tem como meta, para 2009, a redução da pobreza abaixo de 45 por cento da população.

Em 2003, final da aplicação do PARPA I, a taxa de pobres em Moçambique situava-se em 54 por cento da população, depois de resultados considerados “impressionantes”, pelo FMI. (macauhub)

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