Luanda, Angola, 26 Fev – A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) pode estar cotada nas Bolsas de Valores de Joanesburgo e Nova Iorque, a partir de 2010, anunciou sexta-feira, em Luanda, o seu presidente do Conselho de Administração, Manuel Vicente.
Para fundamentar o anúncio, o gestor, que falava em conferência de imprensa, no quadro do 31º aniversário da empresa, fundada a 25 de Fevereiro de 1976, sublinhou que “a Sonangol nunca esteve tão bem como hoje, do ponto de vista financeiro”.
Manuel Vicente considerou “positivos” os resultados alcançados pela Sonangol em 2006, com um lucro líquido preliminar de 80 mil milhões de kwanzas, o equivalente a mil milhões de dólares, ou seja um valor sensivelmente igual ao alcançado em 2005.
De acordo com Manuel Vicente, a produção de petróleo bruto atingiu no ano passado uma média diária de 1.400 mil barris, 40 por cento dos quais correspondeu à quota parte da produção da Sonangol.
Acrescentou que Angola perspectiva atingir a meta dos dois milhões de barris por dia em finais deste ano, igualando, assim, a Nigéria, neste momento o primeiro produtor do da África Sub-sahariana.
No domínio da refinação, Manuel Vicente revelou que a refinaria de Luanda passará, a partir do segundo trimestre deste ano, para controlo maioritário da Sonangol, depois de ter ficado com parte da quota da participação da francesa Total no empreendimento.
Construída nos anos 50, a velha refinaria de Luanda processa apenas 37 mil dos 50 mil da sua capacidade instalada, facto que leva Angola a gastar anualmente 800 milhões de dólares com a importação de 70 por cento do combustível necessário para satisfazer o consumo interno.
A solução da situação está na construção da futura refinaria do Lobito (Sonaref), que, de acordo com Manuel Vicente, será um projecto a ser desenvolvido exclusivamente pela Sonangol e que deverá arrancar antes do final deste ano.
Projectada para processar 200 mil barris de petróleo bruto por dia, a refinaria do Lobito será edificada a 30 quilómetros a norte daquela cidade portuária, numa área de mil hectares e custará cerca de quatro mil milhões de dólares. (macauhub)