Governo chinês quer reduzir crescimento da economia em 2007 para 8 por cento

5 March 2007

Pequim, China, 05 Mar – A China pretende reduzir o crescimento da sua economia este ano para 8 por cento, menos do que os 10,7 por cento de 2006, afirmou hoje em Pequim o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao.

“A nossa tarefa mais importante é promover o crescimento económico rápido e sólido”, disse o primeiro-ministro a 2890 deputados na abertura da 5ª sessão do 10º Congresso Nacional Popular.

Wen Jiabao adiantou ser necessário melhorar a qualidade e a eficiência do crescimento económico da China e frisou que o crescimento do ano passado não foi perturbado por uma inflação significativa.

A fim de apoiar o desenvolvimento rural, as despesas do governo central na agricultura, zonas rurais e nos agricultores aumentaram 42,2 mil milhões de yuan (5,3 mil milhões de dólares) em 2006, mais 14 por cento face a 2005.

Os impostos sobre a agricultura e as taxas em produtos agrícolas foram abolidos.

O rendimento urbano disponível “per capita” aumentou para 11.759 yuan (1.469 dólares) e o rendimento rural subiu para 3.587 yuan (448 dólares) em 2006, 10,4 e 7,4 por cento, respectivamente, de acordo com o relatório apresentado pelo primeiro-ministro.

Embora a China tenha actualmente a quarta economia mundial, há preocupações internas a propósito da utilização de energia e do meio ambiente, com o país a falhar ambas as metas de redução de consumo de energia e de controlo da poluição decididas na sessão parlamentar de 2006.

De acordo com o relatório de Wen Jiabao, a meta de 8 por cento de crescimento permtirão evitar grandes sobressaltos pois foi formulada tendo em consideração diversos factores.

O governo chinês pretende reduzir o desemprego urbano para menos de 4,6 por cento através da criação de nove milhões novos empregos ao mesmo tempo que a inflação será mantida abaixo de 3 por cento.

O deputado Zhao Peng, presidente da dependência provincial de Anhui do Banco Comercial e Industrial da China, disse que a meta de 8 por cento é “razoável”.

“Um crescimento mais elevado conduzirá ao sobreaquecimento da economia e não ajudará a resolver os problemas sociais”, adiantou Zhao Peng.

Um relatório divulgado pelo Banco Mundial a 14 de Fevereiro passado prevê que a economia da China terá este ano um crescimento de 9,6 por cento. (macauhub)

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