Pequim, China, 26 Mar – O Brasil foi nos primeiros onze meses de 2006 o maior parceiro comercial da China na América Latina, de acordo com dados da Academia Chinesa de Ciências Sociais (ACCS) sexta-feira divulgados pela imprensa oficial.
O Brasil registou até Novembro do ano passado um volume comercial com a China de 18, 5 mil milhões de dólares, informou o Diário do Povo, órgão oficial do Partido Comunista chinês.
O Brasil, México, Chile, Argentina, Venezuela, Perú e Panamá representam 80 por cento do total das trocas comerciais entre a China e América Latina em 2006.
O comércio entre a China e a América Latina atingirá 100 mil milhões de dólares em 2010, valor que analistas consideram fácil de atingir, de acordo com o Diário do Povo.
“É absolutamente possível atingir tal volume comercial”, afirmou Jiang Shixue, sub-director do Instituto para a América Latina da ACCS, citado pelo jornal.
De acordo com o relatório de desenvolvimento da América Latina e das Caraíbas para 2006/2007, devido ao rápido crescimento do comércio entre as duas regiões, o volume bilateral poderá aproximar-se dos 80 mil milhões de dólares no final deste ano.
Em 2006, o comércio bilateral atingiu 70,2 mil milhões de dólares, enquanto em 2005 este valor foi de 50 mil milhões de dólares, de acordo com o Diário do Povo.
A China é membro oficial do Banco de Desenvolvimento das Caraíbas e deverá brevemente passar a integrar o Banco Inter-Americano de Desenvolvimento.
Para além disso, Pequim tem estatuto de país observador na Comissão Económica para a América Latina e Caraíbas (CEPAL), na Associação de Integração da América Latina e Caraíbas, da Organização das Nações Americanas e do Parlamento da América Latina. (macauhub)