Economia de Moçambique precisa de crescimento mais uniforme – Banco Mundial

9 May 2007

Washington, Estados Unidos da América, 09 Mai – A economia de Moçambique precisa de um crescimento mais uniforme, centrado menos nos grandes projectos do que nas pequenas e médias empresas de sectores como a agricultura, afirma o Banco Mundial em comunicado disponível no “site” da organização.

O relatório analisa a contribuição dos “megaprojectos” – em particular a fundição de alumínio Mozal – para a economia moçambicana, que, conclui, contribuíram para triplicar as exportações do país e acrescentar até 10 por cento ao produto interno bruto em 2001, crescimento que não encontra paralelo noutros sectores.

“Enquanto os ‘megaprojectos’ contribuíram substancialmente para aumentar o crescimento económico e os salários, muitas pequenas e médias empresas por todo o país estão a viver dificuldades”, conclui o estudo.

Sendo o maior investimento estrangeiro na história de Moçambique independente, a Mozal “demonstrou que investimentos em larga escala podiam ser bem sucedidos no ambiente pós-conflito”.

Desde a conclusão deste, em 2000, os investidores estrangeiros “desenvolveram outros projectos de capital intensivo”, como o complexo mineiro de Moma, o gasoduto Sasol e o Porto de Maputo, salienta.

Nos primeiros cinco anos, o projecto gerou em Moçambique receitas fiscais de perto de 70 milhões de dólares e criou 15 mil postos de trabalho.

O desenvolvimento de Moçambique, afirma o Banco Mundial, passa agora por “tirar partido dos impactos positivos de projectos de grande escala como a Mozal para conduzir ao crescimento económico noutras áreas da economia”.

A estratégia da Associação para o Desenvolvimento Internacional, do BM, para Moçambique, visa o crescimento económico “centrado na agricultura e indústria e serviços de mão-de-obra intensiva, que podem servir para distribuir a riqueza e oportunidades económicas de maneira mais homogénea no país”. (macauhub)

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