Maputo, Moçambique, 15 Jun – O Banco de Moçambique está preocupado com o aumento dos preços no consumidor devido à alegada falta de moedas de baixa denominação que facilitem os trocos, afirmou quinta-feira em Maputo Esselina Macome, administradora do banco.

De acordo com o diário Notícias, de Maputo, o banco central reagia às declarações do presidente da Associação dos Panificadores de Moçambique, Victor Miguel, segundo o qual as moedas em circulação é que ditam, em parte, a fixação dos preços dos produtos.

Para Victor Miguel, os produtos que deveriam custar, por exemplo, 1 metical e 70 centavos, passam a custar dois meticais ou um metical e 50 centavos, porque os comerciantes não têm seu poder moedas abaixo de 50 centavos, nomeadamente de 20, 10, cinco e um centavos, havendo mesmo que pense que não existem.

A administradora do banco afirmou não ser verdade que haja falta de moedas de menor denominação, porque foram produzidas em quantidade suficiente.

“Estamos preocupados porque os agentes económicos dizem que os preços estão a ser inflacionados por falta de moeda de menor denominação. Isto não é verdade, pois o banco central tem moedas em excesso para abastecer o mercado”, sublinhou.

Esta alegada falta de moedas faz com que os comerciantes, ao invés de darem trocos em numerário, entreguem rebuçados, pastilhas e até mesmo papelinhos, situação pouco confortável para os clientes.

Por seu turno, Pinto de Abreu, administrador do Banco de Moçambique, considera que este é um problema de gestão de tesouraria das instituições, porque as empresas, bem como os estabelecimentos comerciais, não estão a gerir devidamente o “stock” de moedas.

Estas questões foram levantadas em Maputo, num encontro organizado pelo Banco de Moçambique, por ocasião do 27º aniversário da moeda moçambicana, o Metical, que se assinala a 16 de Junho. (macauhub)