Maputo, Moçambique, 22 Ago – O governo de Moçambique aprovou terça-feira o príncipio da construção de uma fábrica de anti-retrovirais no país, afirmou em Maputo o porta-voz do Governo e Vice-Ministro da Educação e Cultura, Luís Covane.

O ministro, que falava ao “Notícias” na sequência de uma visita que três técnicos do Brasil envolvidos na elaboração do estudo de viabilidade efectuaram a Moçambique, afirmou que o valor necessário para erguer a fábrica não iria ultrapassar os 10 milhões de dólares.

Luís Covane adiantou que embora seja ainda prematuro indicar onde a fábrica será construída e os valores finais envolvidos, o estudo de viabilidade sobre os mercados potenciais, preços e níveis de incidência do HIV/SIDA no país “demonstra que Moçambique precisa de tal fábrica”.

Citado pelo jornal Notícias, de Maputo, o porta-voz do governo adiantou que a fábrica não deverá ser apenas para a produção de ano-retrovirais pois “as máquinas que serão instaladas podem produzir diferentes tipos de medicamentos”.

Recentemente, o ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil em Maputo, Francisco Luz, afirmou que Moçambique poderia ter uma fábrica de anti-retrovirais até 2009, caso o governo aprovasse, ainda este ano, o estudo técnico e económico apresentado pelos brasileiros ao ministro da Saúde, Ivo Garrido, no final de Maio último.

“Tudo porque decidiu-se que a construção da fábrica deve ser feita em módulos, o que quer dizer que numa primeira fase pode-se optar por fazer um módulo de anti-retrovirais, depois de anti-maláricos e, seguidamente, de antibióticos. Com o lucro monta-se o módulo seguinte”, disse ainda Francisco Luz. (macauhub)