São Paulo, Brasil, 29 Out – A fábrica de etanol e açúcar que será erguida em Angola numa parceria brasileiro-angolana deve iniciar a produção em 2010, disse à macauhub um responsável da brasileira Odebrecht.

Wolney Longhini, director de Contrato da Odebrecht, disse que em 2010 a produção da Biocom (Companhia de Bioenergia de Angola) será “da ordem de 30 por cento da capacidade plena da fábrica, evoluindo para 65 por cento em 2011 e atingindo 100 por cento em 2012”.

De acordo com o executivo, o destino da produção — açúcar, etanol e energia eléctrica — será “prioritariamente” o mercado local, “devido ao défice de alimentos e energia em Angola”.

As obras da infra-estrutura física terão início no primeiro semestre de 2008.

“Até ao momento já foram investidos 2 milhões de dólares em estudos, formação de viveiros de cana-de-açúcar e nos aspectos formais de constituição da empresa”, adiantou à macauhub o director da Odebrecht.

O investimento total na Biocom é estimado em cerca de 200 milhões de dólares.

A Biocom vai produzir açúcar a partir da evaporação do sumo da cana-de-açúcar (garapa). Com o mel final (sumo, depois de retirado 78 por cento do açúcar total), é produzido o etanol. Já a energia eléctrica é gerada com a queima do bagaço, folhas e outras partes da cana, levadas a caldeira de geração de vapor. Turbinas utilizam esse vapor para gerar a energia eléctrica.

O projecto, na província de Malange, é uma parceria entre a Odebrecht (40 por cento) e as angolanas Damer (40 por cento) e Sonangol (20 por cento). (macauhub)