Brasil: Alimentos e energia vão atrair China, prevê associação empresarial

15 November 2007

São Paulo, Brasil, 15 Nov – Os sectores de produtos alimentares e de energia devem ser a aposta da China no Brasil nos próximos anos, disse à macauhub o secretário-executivo do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), ao qual são associadas empresas brasileiras como a Vale do Rio Doce e a Petrobras.

A diversificação da matriz energética chinesa e a necessidade de fornecer alimentação a uma crescente população consumidora devem fazer do Brasil um parceiro cada vez mais importante da China, avalia o secretário-executivo, Rodrigo Maciel.

“A China vai enfrentar uma mudança de matriz energética”, diz. Para Maciel, o país asiático “não consegue viver para sempre com carvão”, que é hoje a sua principal fonte de energia, porque a preocupação com o meio ambiente foi reforçada.

Nesse âmbito, o secretário-executivo da CEBC destaca as potencialidades do Brasil nos biocombustíveis.

“Claro que não haverá mudança traumática, mas a reflexão sobre o impacto ambiental na produção de energia passa a fazer parte cada vez mais importante das discussões na China”, comenta. “Veja que isso [questão ambiental] já foi mencionado no Congresso do Partido Comunista Chinês”, destacou Maciel.

O secretário-executivo do CEBC diz acreditar que também o sector de alimentação deverá aproximar os dois países. “A China tem uma procura crescente por alimentos. Ela deve entender que é interessante fazer parcerias com o Brasil para produzir alimentos”, disse.

Entre os mais de 20 associados chineses da CEBC estão a petrolífera Sinopec, a China National Cereals, Oils & Foodstuffs Corporation e a China Aviation Industry Corp. Entre os mais de 30 membros brasileiros, além de Vale do Rio Doce e da Petrobras, constam a Odebrecht, a Embraer e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne. (macauhub)

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