Maputo, Moçambique, 13 Mai – O crescimento da economia angolana deverá abrandar para 5,1 por cento em 2009, metade do previsto para 2008, devido à quota de produção petrolífera da OPEP, afirmou segunda-feira em Maputo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE).
O crescimento real do PIB angolano “deverá abrandar em 2008 e 2009” para 11,5 por cento e 5,1 por cento, respectivamente, “à medida da travagem do crescimento da produção petrolífera, para 11 por cento e dois por cento, assumindo que o país cumpre a nova quota de produção petrolífera da OPEP [Oganização de Países Exportadores de Petróleo], de 1,9 milhões de barris diários”.
Os dados constam do relatório “Perspectivas Económicas para África 2008”, da OCDE e do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), divulgado à margem da abertura da Assembleia Geral do BAD, em Maputo, Moçambique.
Para o país anfitrião da conferência, é previsto um ligeiro abrandamento – de sete por cento este ano para 6,8 por cento em 2009 – e também da cabo-verdiana – de 7,6 por cento para sete por cento.
De acordo com os dados da OCDE e BAD, a economia angolana creceu 19,8 por cento no ano passado, acelerando 1,2 pontos percentuais face a 2006.
O relatório sublinha o contributo positivo que as receitas petrolíferas têm tido para a economia angolana, mas também a “pressão” a que o governo está sujeito, para que o crescimento se traduza em benefícios no nível de vida da população.
O relatório salienta ainda as “novas possibilidades de financiamento” abertas para Angola através do recente acordo com os credores do Clube de Paris, conjugadas com os superávites a nível fiscal e externo, importantes na actual fase de reconstrução. (macauhub)