Maputo, Moçambique, 22 Ago – A empresa Minas de Moatize aguarda a aprovação de um estudo de impacto ambiental para explorar uma nova mina a céu aberto de carvão, na província de Tete, com reservas de 36 milhões de toneladas e um tempo de vida útil entre 20 a 25 anos, informou o jornal Notícias, de Maputo.
O jornal adianta que a empresa explora actualmente a mina subterrânea de Chipanga XI, localizada na mesma província, com reservas estimadas de um 1,6 milhões de toneladas e com um tempo de vida útil estimado em 20 anos e a qual garante uma produção mensal que varia entre 4,5 mil e 5 mil toneladas de carvão.
Augusto Antunes, da Minas de Moatize, disse recentemente em Maputo que o projecto de exploração da nova mina a céu aberto já foi submetido ao governo, tendo sido já aprovado pelo ministério dos Recursos Minerais e Energia e direcção nacional de Minas.
Antunes disse ainda que da actual produção, 30 por cento é colocado no mercado nacional, enquanto que os restantes 70 por cento são vendidos no mercado da África Austral.
“Os sectores de actividade que utilizam as minas do carvão de Moatize são os ligados à indústria transformadora de açúcar, tabaco e cimento. Na área do açúcar fornecemos o carvão para a Açucareira de Mafambisse, enquanto que na área do tabaco vendemos o carvão à Fábrica de Tabaco de Tete. Há indústrias no Malawi que não poderiam sobreviver sem o carvão moçambicano, como é o caso da indústria de cimento (clinker)”, afirmou.
Os principais países importadores do carvão produzido pela Minas de Moatize são o Malawi, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe e República Democrática do Congo. (macauhub)