Maputo, Moçambique, 25 Ago – A directora nacional de minas, Fátima Momade revelou sexta-feira que foram investidos no sector mineiro por potenciais exploradores e pesquisadores, no período entre 2001 e 2007, mais de 217 milhões de dólares norte-americanos.
“Isto é uma grande subida, pois basta lembrar que em 2001 tínhamos um investimento de cerca de 30 milhões de dólares. Portanto, achamos que a actividade mineira está a desenvolver-se segundo a procura do próprio mercado e está sendo impulsionada pela aprovação, no ano passado, da lei fiscal”, disse.
Fátima Momade, realçou também o facto de muitas empresas estarem a manifestar o seu interesse em explorar a área mineira.
“Em 2001 tínhamos 140 pedidos, mas agora o número ascende a 1100. É uma actividade dinâmica e todos os dias temos pedidos de licenças para prospecção, pesquisa e certificados mineiros”, disse.
A directora nacional de Minas, disse que actualmente 42 empresas são titulares de licenças de carvão, 95 por cento das quais estão baseadas em Tete e as restantes na província do Niassa.
“A área mineira do carvão ainda está no início, mas contamos com ela para termos um incremento da nossa produção e exportação em Moçambique, não só na actividade mineira propriamente dita, mas principalmente no aumento do nosso Produto Interno Bruto (PIB)”, disse Fátima Momade.
A directora nacional de Minas, disse ainda que para além do carvão, outras áreas do sector mineiro estão em fase de franca ascensão.
“Temos por exemplo, as areias pesadas de Moma, que já começaram a fazer exportações e já contamos com receitas significativas a partir desse projecto, temos também as áreas de Tantalite que também já começaram a fazer exportações, para além dos projectos mais pequenos de minerais preciosos que também já estão a produzir. Para além dos próprios impostos sobre a superfície , esses projectos estão a pagar os impostos sobre a produção. Estamos a falar de valores de cerca de 3 milhões de meticais que vão entrar nos nossos cofres este ano”, disse Momade.
Relativamente ao carvão, o administrador executivo da empresa pública dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), Adelino Mesquita, disse recentemente que um número crescente de empresas licenciadas para exercer a exploração e/ou exportação disputam a exclusividade do uso da linha férrea de Sena, que juntamente com o Porto da Beira, constituem a cadeia natural logística do transporte daquele mineral.(macauhub)