Praia, Cabo Verde, 23 Fev – O Governo e os parceiros sociais cabo-verdianos reuniram-se sexta-feira na Praia em sede de concertação social para analisar a introdução do salário mínimo no país.
A ministra do Trabalho, Madalena Neves, disse que ainda não existe uma decisão sobre se o salário mínimo será definido por sectores de actividade ou se se optará por um mais abrangente, a nível nacional.
As centrais sindicais defendem a adopção de um salário mínimo nacional que permita aos trabalhadores a satisfação das suas necessidades básicas e que seja periodicamente reajustado de modo a repor o poder de compra.
No entanto, as duas centrais sindicais concordam que é necessário realizar estudos para definir que tipo de salário mínimo deverá ser criado e que facilite o Governo na sua adopção.
Para Julião Varela, da União Nacional dos Trabalhadores Cabo-verdianos/Central Sindical (UNTC/CS), a introdução do salário mínimo já deveria ter acontecido, tendo em vista os benefícios que irá trazer à economia nacional.
Quanto ao encontro de sexta-feira, o sindicalista espera que seja fixado um horizonte temporal para se ter, antes do final do ano, um estudo sobre o salário mínimo nacional no país.
Por seu turno, o presidente da Confederação Cabo-verdiana dos Sindicatos Livres (CCSL), José Manuel Vaz, disse ter chegado a altura de os parceiros sociais, principalmente o Governo, tomarem uma posição sobre a matéria, argumentando ter sido o Governo o principal obstáculo da discussão e fixação do salário mínimo em Cabo Verde. (macauhub)