Cabo Verde: Governo e parceiros sociais discutem introdução de salário mínimo nacional

23 February 2009

Praia, Cabo Verde, 23 Fev – O Governo e os parceiros sociais cabo-verdianos reuniram-se sexta-feira na Praia em sede de concertação social para analisar a introdução do salário mínimo no país.

A ministra do Trabalho, Madalena Neves, disse que ainda não existe uma decisão sobre se o salário mínimo será definido por sectores de actividade ou se se optará por um mais abrangente, a nível nacional.

As centrais sindicais defendem a adopção de um salário mínimo nacional que permita aos trabalhadores a satisfação das suas necessidades básicas e que seja periodicamente reajustado de modo a repor o poder de compra.

No entanto, as duas centrais sindicais concordam que é necessário realizar estudos para definir que tipo de salário mínimo deverá ser criado e que facilite o Governo na sua adopção.

Para Julião Varela, da União Nacional dos Trabalhadores Cabo-verdianos/Central Sindical (UNTC/CS), a introdução do salário mínimo já deveria ter acontecido, tendo em vista os benefícios que irá trazer à economia nacional.

Quanto ao encontro de sexta-feira, o sindicalista espera que seja fixado um horizonte temporal para se ter, antes do final do ano, um estudo sobre o salário mínimo nacional no país.

Por seu turno, o presidente da Confederação Cabo-verdiana dos Sindicatos Livres (CCSL), José Manuel Vaz, disse ter chegado a altura de os parceiros sociais, principalmente o Governo, tomarem uma posição sobre a matéria, argumentando ter sido o Governo o principal obstáculo da discussão e fixação do salário mínimo em Cabo Verde. (macauhub)

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