Maputo, Moçambique, 7 Abr – A contratação de mão-de-obra estrangeira continua a ser necessária, apesar de dispendiosa, em virtude de implicar avultados investimento em recursos, afirmou em Maputo o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (Cta).
De acordo com o jornal Notícias, de Maputo, Salimo Abdula admitiu que seja por falta de alternativas a nível interno que o sector privado continua a contratar trabalhadores estrangeiros, numa altura em que todo o esforço é orientado para a obtençao de um melhor posicionamento no mercado.
O presidente da CTA considerou que quando determinado gestor chega à conclusão de que deve ir buscar algum trabalhador fora do país, não o faz com intenção de prejudicar a mão-de-obra nacional, pois, segundo ele, a ideia é encontrar a pessoa certa para responder às exigências do processo produtivo em determinado momento.
Ao intervir na semana passada em Maputo no decurso de um seminário de auscultação do sector empresarial sobre a matéria, Abdula disse que a economia moçambicana está a crescer e o mercado é cada vez mais competitivo e exigente, razão por que as empresas nacionais estão numa disputa desenfreada de quadros qualificados, assistindo-se à sua movimentação sistemática de uma empresa para outra.
Entretanto, o novo regulamento sobre mecanismos e procedimentos para a contratação de mão-de-obra estrangeira no país não satisfaz as exigências do sector privado, em virtude de não responder a algumas das inquietações por este apresentadas durante o processo de discussão pública do documento.
Algumas das questões suscitadas pelo sector privado têm a ver com a inclusão de mandatários no regime de quotas, a exigência do certificado de equivalência como documento de prova das qualificações ou habilitações literárias do trabalhador, certidão de quitação passada pelo Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), entre outras.
Face a esta situação, a CTA acredita que é possível chegar-se a um diploma legal que contribua efectivamente para a atracção de investimento estrangeiro e que, segundo Salimo Abdula, “esteja despido da elevada carga burocrática que o caracteriza”. (macauhub)