Luanda, Angola, 24 Ago – A empresa Angoflex vai vender equipamento no valor de 80 milhões de dólares à Total, British Petroleum e Exxon ao abrigo de contratos celebrados com aquelas petrolíferas que operam em Angola, informou o director-geral da empresa, Claude Perrier.
A Angoflex é uma empresa de direito angolano, criada em Março de 2002 e participada pela transnacional francesa Technip (70 por cento) e pela angolana Sonangol (30 por cento), vocacionada para a produção de cabos submarinos ou umbilicais utilizados na prospecção e exploração de petróleo.
Claude Perrier reconhece que a crise petrolífera tem criado perturbações nas empresas do sector em todo o mundo mas admite que a Angoflex mantém a respectiva actividade num nível aceitável, como o demonstram os contratos que rubricou com empresas que operam no mercado do crude.
Para o projecto “Paz Flor” da Total, a Angoflex vai fabricar umbilicais para uma extensão de 80 quilómetros, ao passo que para o projecto “PSVM”, da British Petroleum (BP), a encomenda corresponde a mais de 40 quilómetros de cabo.
Quanto à encomenda destinada ao bloco 15 da Exxon, ela representa 50 quilómetros de cabo para prospecção de petróleo, acrescentou.
A actividade da Angoflex cinge-se apenas ao mercado angolano, esclareceu Claude Perrier quando questionado quanto à possibilidade da empresa receber também pedidos de encomendas para a fabricação de cabos para prospecção petrolífera de outros países africanos produtores de crude.
A Angoflex prevê, no quadro do respectivo plano de investimentos, ampliar a base central de fabricação de umbilicais do Lobito e da barra do Dande, tendo Claude Perrier acrescentado que “esperamos ter uma decisão rápida e concluir o investimento em 2011 que vai seguramente ultrapassar 100 milhões de dólares”. (macauhub)