Macau é plataforma “insubstituível” para pequenas e médias empresas desenvolverem mercados de língua portuguesa

27 October 2009

Macau, China, 27 Out – Macau tem um “papel insubstituível” na criação de oportunidades na lusofonia para as pequenas e médias empresas chinesas, que poderão contribuir para o desenvolvimento daqueles mercados, defendeu sexta-feira o vice-presidente do Conselho de Promoção do Comércio Internacional da China.

Durante o Fórum Internacional do Comércio e do Investimento, inserido na Feira Internacional de Macau, Zhang Wei sublinhou que o território poderá “apoiar as empresas do delta do rio das Pérolas a desenvolverem as actividades comerciais fora do país e atrair investimentos do exterior, através do reforço da ligação com os países de língua portuguesa, transformando a crise em oportunidades”.

“O seu papel é insubstituível”, sublinhou o vice-presidente do Conselho de Promoção do Comércio Internacional da China, que disse esperar, através do Fórum Macau, que as pequenas e médias empresas (PME) da região e da China “possam estabelecer excelentes canais, desenvolvendo activamente os mercados dos países de língua portuguesa e iniciar um novo capítulo de desenvolvimento no exterior do país”.

A China está “muito atenta” ao desenvolvimento das PME, salientou o responsável, constatando que são, hoje, o “factor mais activo para o desenvolvimento da economia e os maiores impulsionadores do crescimento económico e do desenvolvimento social”.

Actualmente, existem mais de 42 milhões de PME na China, correspondentes a 99 por cento do tecido empresarial, que absorve 75 por cento da mão-de-obra das cidades e vilas e cujos produtos e serviços geram 60 por cento do PIB daquele país.

Esta realidade contribuirá para que “a grande força motriz para a próxima etapa do crescimento económico seja proveniente das economias emergentes, incluindo a China”, realçou Zhang Wei, para quem o “mundo se encontra em fase de reforma e transformação”, prevendo que as relações e inter-dependência entre Estados e territórios ficarão cada vez mais estreitas.

Neste contexto, o vice-presidente do Conselho de Promoção do Comércio Internacional da China salientou a importância do gigante asiático aliar esforços com a lusofonia em benefício mútuo, recordando que, em 2008, o volume de comércio bilateral ascendeu a 77 mil milhões de dólares (47,9 mil milhões de euros), mais de 66 por cento face a 2007.

Na 14ª edição da Feira Internacional de Macau, que encerrou domingo, as PME estiveram em grande destaque, com 143 stands, mais do dobro do que na edição de 2008. (macauhub)

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