São Tomé, São Tomé e Príncipe, 26 Abr – As autoridades de São Tomé e Príncipe têm sido mantidas à margem do processo da exploração petrolífera na Zona de Desenvolvimento Conjunto (ZDC) com a Nigéria, disse sexta-feira em São Tomé o primeiro-ministro Rafael Branco.
A afirmação de Branco foi proferida à sua chegada ao arquipélago depois de ter participado, nos Estados Unidos da América, numa sessão de promoção da Zona Económica Exclusiva, na sequência do leilão dos blocos petrolíferos nesta região e de apresentação das potencialidades de investimento em São Tomé e Príncipe.
O primeiro-ministro disse que a ZDC é “uma zona administrada por dois países, com uma estrutura própria” e reconheceu que “não tem sido fácil” São Tomé e Príncipe “obter todas as informações que, segundo os critérios desta organização, devem ser prestadas”.
De acordo com Rafael Branco, “São Tomé e Príncipe tem dificuldades em obter dados da Zona de Desenvolvimento Conjunta” e não consegue ultrapassar a situação, mesmo quando tem a presidência rotativa da ZDC.
O chefe do governo aproveitou a ocasião para precisar que a rejeição da candidatura são-tomense à organização internacional que promove a transparência nos negócios das indústrias extractivas (EITI) ficou a dever-se pela incapacidade do arquipélago em obter informações sobre a ZDC com a Nigéria. (macauhub)