Maputo, Moçambique, 24 Mai – A Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH) obteve dois empréstimos de 50 milhões de dólares cada para aumentar a produção de gás natural em Moçambique, nos termos de duas convenções de financiamento quinta-feira assinadas em Maputo.

Os empréstimos foram concedidos pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e pelo Banco Sul-Africano de Desenvolvimento (DBSA) e destinam-se a promover a participação dos interesses moçambicanos no projecto de exploração dos jazigos de gás natural de Pande e Temane, província de Inhambane, a ser executado pelo grupo petroquímico sul-africano Sasol.

De acordo com um comunicado da empresa aos seus accionistas, os empréstimos visam ainda apoiar a utilização do gás natural como fonte de energia mais limpa, em Moçambique.

O empreendimento de gás natural de Pande e Temane é um consórcio constituido pela Sasol Petroleum Temane (uma filial moçambicana da Sasol) com 70 por cento, a CMH com 25 por cento e a Sociedade Financeira Internacional (IFC), do grupo Banco Mundial, com 5 por cento.

A CMH, por seu turno, é uma subsidiária controlada em 70 por cento da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos da ENH, estando o resto capital nas mãos do Estado moçambicano (20 por cento) e de accionistas particulares (10 por cento).

A primeira fase do projecto de produção de gás natural iniciou-se em Janeiro de 2004, com uma produção de 120 milhões de gigajoules (mgj) por ano.

Para aprimeira fase, a CMH beneficiou de empréstimos do DBSA (25 milhões de dólares), da AFD (24 milhões de dólares) e do Banco Europeu de Investimento (12 milhões de dólares).

A actual fase de expansão, objecto da assinatura das duas convenções, vai permitir a produção até 183 mgj, ou seja, 63 mgj adicionais, dos quais 36 mgj serão atribuídos a Moçambique. (macauhub)