Huíla, Angola, 2 Jun – A reconstrução do caminho-de-ferro de Moçâmedes contempla a construção de 56 estações de importância diversa ao longo dos 907 quilómetros do traçado, afirmou terça-feira em Huíla o director Instituto Nacional dos Caminhos-de-Ferro de Angola (INCFA).
Citado pela agência noticiosa angolana Angop, Júlio Bango Joaquim disse que estações de primeira, segunda e terceira classes estão a ser construídas em pontos distintos da linha ferroviária.
Fundada a 28 de Setembro de 1905, a empresa do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes tem a sua sede na cidade do Lubango e a linha parte da cidade do Namibe (antiga Moçâmedes), indo até Menongue, província do Kuando Kubango.
A reabilitação total da linha ferroviária de Moçâmedes está a cargo da empresa indiana Rail India Technical and Economic Consultancy Services (RITES).
O director do INCFA disse que a reconstrução da ferrovia incluiu a colocação de novos carris assentes em travessas de betão armado, a construção de novas pontes e pequenas passagens hidráulicas, destruídas e degradadas ao longo de todo o traçado, bem como a colocação de um novo sistema de sinalização e telecomunicações, com a instalação de cabos de fibra óptica ao longo de todo o trajecto.
A remoção dos antigos carris e consequente ampliação, compactação, rectificação do raio das principais curvas do perfil da linha e levantamentos topográficos foram outros dos trabalhos executados.
O troço Matala/Dongo/Dongo Novo/Entroncamento já recebeu a colocação de novos carris e respectiva balastragem, permitindo aos comboios circularem neste troço a uma velocidade máxima de 80 quilómetros à hora.
Neste troço, disse Júlio Bango Joaquim, fora, construídas oito estações, sendo duas de primeira classe na Matala e Entroncamento, uma de segunda classe no Dongo e as restantes cinco de terceira classe, em outras pontos do troço, que estão a aguardar os acabamentos. (macauhub)