Maputo, Moçambique, 17 Jun – O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional apoiam a decisão do governo de contrair empréstimos a juros de mercado, disse quarta-feira em Maputo o ministro da Planificação e Desenvolvimento.
O recurso a créditos não-bonificados, ou seja, com taxas de juros de mercado, é uma das opções escolhidas pelo governo moçambicano para financiar o que designa como a próxima “geração de investimentos nas infra-estruturas”, nomeadamente estradas e pontes.
“As receitas internas, donativos e empréstimos bonificados são insuficientes para o governo levar a cabo o seu programa nas infra-estruturas pelo que a solução passa pela contracção de empréstimos comerciais”, sublinhou, para acrescentar que o Banco Mundial e o FMI concordam com tal medida.
Esse financiamento, segundo Aiuba Cuereneia, será contraído junto de credores bilaterais, incluindo alguns países bem como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.
Sem indicar em concreto o volume de empréstimos comerciais que o governo vai contrair, o ministro da Planificação e Desenvolvimento moçambicano assinalou que essa fórmula será accionada em moldes sustentáveis, por forma a que não se ponha em causa o controlo da dívida de Moçambique.
No quadro da Iniciativa de Perdão da Dívida aos Países Altamente Endividados (HIPC, na sigla inglesa), que permitiu a Moçambique sair da situação de altamente endividado, o governo é obrigado a reportar às instituições financeiras internacionais as suas operações de dívida interna e externa. (macauhub)