Washington, Estados Unidos da América, 8 Jul – Um investidor estrangeiro precisa de 263 dias para constituir uma empresa em Angola, nação que é a mais burocrática de um conjunto de 87 constantes da edição deste ano do estudo “Investing across borders” do Banco Mundial.
Depois de Angola surgem o Haiti, com 212 dias, e a Venezuela (179 dias), aparecendo o Brasil em quarto lugar, com 166 dias para que um investidor estrangeiro possa constituir uma empresa.
No final da lista, onde aparecem os países menos burocráticos, estão o Canadá com 6 dias e o Ruanda e a Geórgia com 4 dias, sendo que a média dos 87 países analisados é de 42 dias de espera.
Angola é ainda um dos 10 países dos 87 analisados que não dispõe de qualquer instituição de arbitragem, à semelhança do que se passa no Afeganistão, Bangladesh, Camboja, Kosovo, Montenegro, Papua Nova Guiné, Ruanda, Serra Leoa e Ilhas Salomão. O estudo recorda que a Etiópia e Libéria dispõem de instituições de arbitragem, embora não estejam a funcionar.
Apesar do tempo necessário para abrir uma empresa, o Brasil fica em melhor posição quando se trata do índice de facilidade para estabelecer a empresa, índice que leva em consideração o regime regulatório para o início dos negócios.
O Brasil obteve 62,5 pontos numa escala que vai de 0 (mais difícil) a 100 (mais fácil), ficando abaixo da média global, 64,5 pontos, e da América Latina e das Caraíbas, com 62,8 pontos.
O estudo avaliou ainda as restrições à presença de estrangeiros na economia, estando as em vigor no Brasil acima da média dos países da América Latina e das Caraíbas.
Na comparação com os restantes BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), apenas a Rússia tem menos restrições à participação estrangeira na economia. (macauhub)