Luanda, Angola, 11 Out – Os administradores dos principais bancos comerciais a operar em Angola estão optimistas quanto à evolução da economia do país e do sector financeiro, de acordo com as opiniões constantes na edição de 2010 do estudo Banca em Análise, sexta-feira divulgado em Luanda.

Aquelas opiniões são influenciadas pela retoma externa, pela recuperação da capacidade de investimento do Estado angolano e alguma diversificação da economia e indicam haver ainda muito espaço para o crescimento do mercado financeiro em Angola, o que é visível nos seus planos de expansão de rede de distribuição e introdução de novos produtos e novas soluções.

José de Lima Massano, presidente da Comissão Executiva do Banco Africano de Investimentos (BAI), líder do mercado, realçou que “há perspectivas de maior diversificação da economia angolana e o sector bancário pode beneficiar desse facto”, lembrando que as previsões das principais instituições internacionais para o crescimento da economia angolana são optimistas.

Emídio Pinheiro, presidente da comissão executiva do Banco de Fomento Angola (BFA), disse acreditar que há condições para que “seja reposta quer a capacidade de importar quer o potencial de investimento do Orçamento do Estado, que é um dos principais elementos dinamizadores da economia angolana.

Também Fernando Teles, presidente do Conselho de Administração do Banco BIC tem “uma visão optimista do futuro”, apesar de reconhecer que “há um conjunto de variáveis exógenas que não é possível ao país controlar, a principal das quais é o preço do barril de petróleo”.

Miguel Reino da Costa, presidente do Conselho de Administração do Millennium Angola diz que é expectável que a retoma mundial se materialize, com um efeito “muito positivo na economia angolana, permitindo-lhe voltar a crescimentos reais de dois dígitos”. (macauhub)