Maputo, Moçambique, 26 Out – O patronato de Moçambique criticou segunda-feira em Maputo o ritmo das reformas governamentais na melhoria do ambiente de negócios e contestou ainda os “altos custos de transacção” de bens e serviços.
Ao anunciar a realização, a 23 de Novembro próximo, da X Conferência Anual do Sector Privado, o director executivo da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (Cta), Orlando da Conceição, disse que “o ritmo das reformas do ambiente de negócios no país não satisfaz as expectativas do sector privado”.
“O sector privado tinha uma expectativa quando o governo embarcou nas reformas administrativas e burocráticas para um melhor ambiente de negócios, mas essa expectativa não foi satisfeita”, afirmou Orlando da Conceição.
O governo, prosseguiu o director executivo da Cta, não conseguiu criar condições para que o custo dos negócios em Moçambique baixasse, e há estudos que indicam que o país é o mais caro da África Austral para quem quiser investir.
“Os custos de transacção continuam altos e são um desincentivo aos investimentos e negócios”, enfatizou Orlando da Conceição, apontando este obstáculo como uma das preocupações que a organização vai levar para o diálogo com o governo.
Apesar da lentidão na desburocratização da máquina administrativa do Estado, as reformas geraram alguns avanços, como a agilização do desembaraço aduaneiro e a administração fiscal, reconheceu.
O governo, através do director do Gabinete do Apoio ao Sector Privado no Ministério da Indústria e Comércio, Claire Zimba, disse esperar da conferência a identificação de formas de envolvimento do sector privado no aumento da produção e produtividade no país, tendo em conta a importância desses dois factores no desenvolvimento económico e combate à pobreza.
Dados divulgados indicam que vão participar na reunião, que terá como lema “Como Produzir com Eficiência”, mais de 500 empresários. (macauhub)