Rio de Janeiro, Brasil, 2 Mar – O acordo que dará início às obras de adequação do edifício onde funcionará a primeira fábrica de anti-retrovirais de Moçambique será hoje assinado em Maputo, informou terça-feira a imprensa brasileira.
O documento será assinado por representantes da empresa mineira Vale, o Instituto de Gestão das Participações do Estado, em nome do governo moçambicano, e a empresa sul-africana Pro-Er, vencedora do concurso público para a empreitada de adequação do edifício.
As obras deverão durar cerca de 12 meses, devendo a fábrica iniciar a laboração no final de 2012, disse terça-feira à Agência Brasil Hayne Felipe, director da Farmanguinhos, laboratório estatal brasileiro especializado no fabrico e desenvolvimento de medicamentos.
Os equipamentos serão doados pelo Brasil, de acordo com compromisso assumido pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante sua primeira visita a Moçambique, em 2003.
A participação da Vale, no valor de 4,5 milhões de dólares, permitiu resolver o problema de falta de recursos do governo moçambicano, que estava a atrasar muito o desenvolvimento do projecto.
A fábrica produzirá inicialmente 21 medicamentos cujas patentes se encontram no domínio público, nomeadamente anti-retrovirais, sendo que Moçambique é um dos dez países mais atingidos pelo vírus do SIDA, e medicamentos destinados ao tratamento da diabetes e hipertensão, entre outras doenças.
De acordo com Hayne Filipe, a fábrica deverá produzir 300 milhões de unidades farmacêuticas de anti-retrovirais e em torno de 150 milhões de unidades de outros medicamentos. (macauhub)