Brasília, Brasil, 31 Mar – Os investimentos das empresas chinesas no Brasil excederam 29,5 mil milhões de dólares em 2010, de acordo com um estudo do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), quarta-feira apresentado em Brasília, no decurso de um encontro sobre Relações Económicas Brasil-China.
De acordo com o sítio brasileiro IG, aquele montante engloba não só os investimentos realizados em 2010, que são 44 por cento do total ou 12,9 mil milhões de dólares, mas também os anunciados (27 por cento ou 8 mil milhões de dólares) e os que estão a ser negociados (29 por cento ou 8,6 mil milhões de dólares).
O negócio de maior destaque no ano passado foi a compra de 40 por cento do capital social da Repsol Brasil pela Sinopec, estatal chinesa de petróleo e gás, no valor de 7,1 mil milhões de dólares.
A operação entre as petrolíferas faz parte da categoria fusões e aquisições, que tem sido a modalidade preferida das empresas chinesas no Brasil, a exemplo da presença do país asiático em outros países, como Franca e Itália, de acordo com o CEBC.
Esse tipo de investimento correspondeu a aproximadamente 83 por cento da entrada chinesa de recursos no Brasil.
Enquanto isso, as parcerias corresponderam a 11,5 por cento do total dos investimentos chineses no Brasil, sendo um exemplo significativo o financiamento de 3,5 mil milhões de dólares efectuado pela Wuhan Iron Steel Group para a constituição de uma parceria com o grupo EBX, do empresário Eike Batista, para a instalação de uma siderurgia no norte do Estado do Rio de Janeiro.
A terceira modalidade de investimentos, em que a empresa investe na construção de uma fábrica num país terceiro para dispor de uma base de produção, representou 5,2 por cento do total, sendo um dos exemplos mais conhecidos a entrada da empresa automóvel Cherry, que investiu 400 milhões de dólares numa fábrica no interior do Estado de São Paulo.
Os investimentos chineses no Brasil estão concentrados principalmente nos sectores de energia, mineração e siderurgia, de acordo com o estudo do CEBC, que teve como fonte de informação notícias da imprensa e entrevistas com empresas.
Em conjunto, aqueles três sectores corresponderam a 88 por cento dos recursos investidos por empresas da China no Brasil. (macauhub)