Maputo, Moçambique, 28 Abr – Meios logísticos para a exportação do carvão mineral da brasileira Vale Moçambique começaram a chegar ao porto da Beira, onde já se encontram dezenas de vagões, devendo atracar em meados de Maio próximo dois navios de 45 mil toneladas cada, informou o diário Notícias, de Maputo.
O jornal adianta que os dois navios ficarão limitados ao transporte de carvão para o alto-mar, onde o vão baldear para embarcações com maior capacidade, do tipo “panamax” e “capesize”, que transportam acima de 80 mil toneladas, que levarão a mercadoria para os mercados brasileiro, indiano e japonês, entre outros.
Ainda de acordo com o porta-voz do governo provincial de Sofala, José Ferreira, deverão chegar dentro de dias ao porto da Beira um segundo lote de locomotivas.
Não obstante todos os problemas associados com a reconstrução da linha de caminho-de-ferro do Sena, nomeadamente a sua capacidade máxima de transporte de 6 milhões de toneladas/ano e as limitações existentes no canal de acesso ao porto da Beira, por razões de assoreamento, José Ferreira garantiu que o sistema ferro-portuário da Beira está em condições de exportar este ano um total de 1,2 milhão de toneladas do carvão mineral de Tete, quantidade prevista pelos responsáveis da Vale Moçambique.
O porta-voz adiantou ter o governo provincial sido contactado pelo representante da Vale Moçambique, Alfredo Santana, que informou que o empreendimento já emprega 7 500 pessoas, 90 por cento das quais cidadãos moçambicanos e que desde o início da construção do complexo industrial em Moatize, em 2008, até Janeiro passado, foi investido 1,1 milhões de dólares de 1,7 mil milhões a serem investidos ao longo dos 35 anos do contrato de concessão.
A Vale Moçambique é uma subsidiária do grupo brasileiro Vale que é actualmente o maior produtor mundial de minério de ferro e de níquel, operando em 38 países e dando emprego a mais de 115 mil pessoas. (macauhub)