Praia, Cabo Verde, 12 Mai – Cinco empresas portuguesas, em consórcio com outras tantas cabo-verdianas, assinaram na cidade da Praia contratos para a construção de 452 habitações de cariz social em Cabo Verde, no âmbito do projecto “Casa para Todos”, financiado por Portugal.
A assinatura envolve as empresas portuguesas HFN (em parceria com a Engeobra), Armando Cunha (Sogei), Engenharia Casais (Tecnicil Construção), Monte Adriano (MTCV) e Luís Frazão SA (Luís Frazão, Lda).
Os cinco consórcios estão abrangidos pela linha de crédito de 200 milhões de euros disponibilizada por Portugal em 2009, durante a visita a Cabo Verde do primeiro-ministro português, José Sócrates, para a execução do programa “Casa para Todos”, que pretende atenuar o défice habitacional de cerca de 82 mil fogos.
O número, porém, está já desactualizado, havendo actualmente, segundo um estudo, um défice de cerca de 40 mil habitações, disse à agência noticiosa portuguesa Lusa Carlos Moura, presidente do Imobiliária, Fundiária e Habitat (IFH, entidade que gere o programa).
As cinco empresas portuguesas, que detêm 51% do capital em cada um dos consórcios, vão construir, na segunda fase do programa, 452 habitações – 196 na ilha do Fogo, 170 na da Boavista e 86 em S. Nicolau, num montante orçado em 11,2 milhões de euros – e têm um prazo de conclusão de 17 meses.
Com o projecto, segundo Carlos Moura, está prevista a construção de 8500 casas, num horizonte de cinco anos, reduzindo, disse, em cerca de 20% o défice habitacional no arquipélago, que conta também com outros projectos, ligados a empresas chinesas e espanholas.
Carlos Moura adiantou que a conclusão da segunda fase do concurso está prevista para breve, com a assinatura de novos contratos de empreitadas, nos mesmos moldes, e que envolverá um montante de 10 milhões de euros. (macauhub)