Joanesburgo, África do Sul, 18 Ago – A empresa sul-africana Petroline decidiu adiar a construção de um oleoduto ligando Moçambique à África do Sul alegando que a estatal sul-africana Transnet beneficia de um tratamento governamental de favor, de acordo com o jornal sul-africano Daily Business.
A directora da Petroline, Pinky Moabi, confirmou ao jornal que o projecto tinha sido suspenso enquanto decorrem negociações com o governo da África do Sul.
Pinky Moabi disse ainda a decisão tem a ver com a estrutura das tarifas dos combustíveis seguida pelo regulador sul-africano do sector energético, a qual é considerada lesiva para os operadores privados e favorável à empresa pública Transnet.
Em Março de 2007, o Regulador Nacional de Energia da África do Sul (Nersa, na sigla em inglês) concedeu uma licença à Petroline para a construção de um oleoduto entre Moçambique e a África do Sul que passaria por Nelspruit, onde seriam construídos depósitos de combustível, bem como em Kendal, onde seria estabelecida a ligação com a rede de oleodutos da Transnet.
O jornal escreve que a decisão da Petroline representa um revés para os investimentos do sector privado nas infra-estruturas petrolíferas bem como para a introdução de concorrência no transporte de combustíveis por oleodutos, controlado pela Transnet Pipelines, uma subsidiária da Transnet.
A decisão é igualmente um revés para os outros associados no projecto, nomeadamente a “Women in Oil and Energy SA” e a empresa estatal Petróleos de Moçambique. (macauhub)