Maputo, Moçambique, 16 Set – O governo de Moçambique vai intensificar a fiscalização da indústria extractiva face ao rápido desenvolvimento que o sector está a registar no país, afirmou o vice-Ministro dos Recursos Minerais, Abdul Razak.

Citado pelo jornal Notícias, de Maputo, o vice-ministro adiantou que o governo, a par de acções de preparação no país, está também a enviar quadros e técnicos nacionais para formação no exterior.

“Existe capacidade nacional para fiscalizar, mas tem que ser reforçada, porque daqui a pouco tempo vamos ter muito mais empreendimentos e teremos necessidade de mais pessoas para poder fiscalizar a indústria extractiva em todas as vertentes”, disse Abdul Razak.

O elevado potencial de Moçambique em recursos minerais, sobretudo carvão de alta qualidade e em hidrocarbonetos como o gás, tem sido reconhecido internacionalmente e está a despertar o interesse de investidores internacionais.

Os investimentos no sector do carvão atingem milhares de milhões de dólares, destacando-se a empresa Vale, de capitais brasileiros, seguida das australianas Riversdale e Minas de Revobué.

Além destas duas empresas estão também em Moçambique as indianas JSPL, Midwest Mozambique e Osho Gremach Mining e a Eurasia Natural Resources Corporation, do Casaquistão.

Também a recente descoberta de importantes reservas de gás natural na bacia do Rovuma, pela norte-americana Anadarko Petroleum, colocou Moçambique no mapa da indústria mundial de hidrocarbonetos e abriu as portas à implantação do maior projecto de investimento directo estrangeiro jamais realizado em Moçambique.

Até finais de 2013, de acordo com projecções da Anadarko, deverão estar disponíveis informações suficientes para se decidir sobre o avanço ou não para o projecto de liquefacção de gás natural (LNG), cujo investimento se estima venha a atingir 15 mil milhões de dólares no seu primeiro módulo de produção previsto para 2018. (macauhub)