Maputo, Moçambique, 20 Set – O ministro moçambicano da Agricultura, José Pacheco, defendeu segunda-feira que o agricultor moçambicano deve apostar no agro-negócio como forma de inverter a actual posição em termos de competitividade.
O titular da pasta da agricultura reconhece que a rede comercial moçambicana, sobretudo dos produtos perecíveis ainda está dependente da África do Sul, a maior economia da região e do continente africano.
José Pacheco diz que está a trabalhar no sentido de inverter a posição de Moçambique em relação à África do Sul e deu como exemplo o facto de o país já estar a exportar banana, de qualidade, para o país vizinho.
Segundo o ministro da Agricultura, o plano estratégico para o desenvolvimento da agricultura tem já identificadas seis áreas para a produção agrícola em grande escala, nomeadamente o corredor de Maputo, do Limpopo, da Beira, o vale do Zambeze, o corredor de Nacala e em último lugar o de Pemba/Lichinga.
Em todas estas áreas podem ser desenvolvidas actividades agrícolas visando a produção do arroz, batata, hortícolas, algodão, milho, feijão, soja, amendoim, trigo.
O referido plano estratégico, de acordo com Pacheco, visa prioritariamente produzir alimentos para alcançar a segurança alimentar ou seja, a produção de comida para o consumo interno e para exportar para outros mercados internacionais, entre eles a China países do Golfo, nomeadamente o Dubai, Arábia Saudita.
Muitos projectos com vários países estão a ser analisados para desenvolver o sector do agro-negócio em Moçambique e envolvem, entre outros o Brasil e o Japão, no chamado Prosavana.
Moçambique tem uma área de 36 milhões de hectares de terra arável mas apenas uma ínfima parte está a ser explorada.
De acordo com o diário Notícias, de Maputo, as culturas do algodão e da cana-de-açúcar em Moçambique deverão registar as maiores taxas de crescimento tanto da produção como da produtividade durante a campanha agrícola 2011/2012. (macauhub)