Total Angola consegue inovação tecnológica na exploração petrolífera em Angola

23 November 2011

Luanda, Angola, 24 Nov – A unidade de processamento e armazenamento de petróleo e gás natural (FPSO) Pazflor conseguiu inovar a indústria petrolífera mundial ao ser a primeira a realizar a separação submarina de petróleo e gás natural, informou a agência noticiosa angolana Angop.

A separação submarina de petróleo e gás natural é um processo que decorre da existência de duas qualidades diferentes de petróleo bruto tratado em simultâneo, sendo um leve, situado numa camada sedimentar profunda, e outro pesado, localizado numa camada sedimentar menos profunda.

Ao inaugurar a Pazflor na passada terça-feira, o ministro dos Petróleos de Angola, Botelho de Vasconcelos, disse que a inovação tecnológica conseguida significa que “o grupo Total e os seus parceiros estão de parabéns e que Angola reconhece o projecto como mais uma grande realização no desenvolvimento na indústria petrolífera no país”.

A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), a Total E&P Angola e suas associadas do Bloco 17 deram início, em Agosto passado, à produção do projecto de desenvolvimento Pazflor, um conjunto de campos situados no mar angolano, a 150 quilómetros de Luanda.

A profundidade desses campos oscila entre 600 e 1200 metros e possui reservas provadas e prováveis estimadas em 590 milhões de barris, sendo a capacidade de produção de 220 mil barris de petróleo/dia, a ser atingida progressivamente.

O Pazflor é constituído por uma imensa rede de instalações submarinas, a mais complexa jamais realizada em Angola, que contém 180 quilómetros de linha de produção, ligando 49 poços submarinos de grande dimensão.

A unidade de produção, com 325 metros de cumprimento, 62 de largura e 120 mil toneladas de peso, pode armazenar até 1,9 milhões de barris no seu casco, onde o gás associado explorado é inteiramente reinjectado nos reservatórios.

A Total E&P Angola é a operadora do Bloco 17 com uma participação de 40%, tendo como associadas a Statoil com 23,33%, a Esso Exploration Angola, com 20% e a BP Exploration (Angola) Ltd, com 16,67%. (macauhub)

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