São Tome, São Tomé e Príncipe, 1 Dez – As autoridades petrolíferas de São Tomé e Príncipe confirmam a existência de petróleo em quantidade comercial num bloco da zona conjunta com a Nigéria, anunciou quarta-feira em São Tomé um representante são-tomense na área de exploração entre os dois países.
Olegário Tiny, director para os recursos não-petrolíferos da zona de exploração conjunta fez aquela declaração horas antes do início da reunião de gestão entre os representantes da autoridade conjunta Nigéria/São Tomé e uma delegação da petrolífera francesa Total, operadora do bloco 01 na área conjunta.
Citando dados técnicos no âmbito das pesquisas do bloco 01, Olegário Tiny disse que “tudo aponta para existência de petróleo em quantidade comercial” tendo sublinhado que “dentro de três anos a Total poderá entrar no processo de produção efectiva”.
Este responsável petrolífero afirmou ainda que a reunião com a empresa petrolífera Total visava fixar modalidades práticas de gestão dos blocos, dos quais o 01 é considerado bastante promissor para as autoridades dos dois países.
A petrolífera francesa adquiriu o bloco 01 através da compra à congénere norte-americana Chevron, que, por seu turno, pagou às autoridades cerca de 123 milhões de dólares respeitante à taxa de leilão efectuada há quatro anos na capital são-tomense.
A zona conjunta entre São Tomé e Príncipe e a Nigéria surge na base de um tratado político entre os dois Estados assinado em Fevereiro de 2001 que estabelece 60% de receitas para os nigerianos e 40% para São Tomé e Príncipe.
Além da zona conjunta com a Nigéria, São Tomé e Príncipe dispõe ainda da sua zona marítima exclusiva, bastante promissora no âmbito da exploração petrolífera. (macauhub)