A Empresa Moçambicana de Exploração Mineira (EMEM) passa a controlar a partir de hoje uma participação de 5% no projecto do grupo brasileiro Vale em Moçambique, em representação do Estado moçambicano, disse à macauhub em Maputo uma fonte do Ministério dos Recursos Minerais.
A fonte adiantou que com a assinatura deste acordo, a ter hoje lugar na capital moçambicana, cumpre-se o previsto no acordo de princípios assinado em 2004 que reservada para Moçambique uma participação de 15%, dos quais 5% seriam assumidos pelo Estado e os restantes 10% pelo sector privado.
Em Agosto de 2010, o Ministério dos Recursos Minerais, a Empresa Moçambicana de Exploração Mineira e a Vale Moçambique já haviam assinado um memorando de entendimento relativo à participação moçambicana no projecto do carvão de Moatize.
A Vale vai investir este ano mais de 900 milhões de dólares em Moçambique na expansão da mina de carvão em Tete, no centro do país, e na recuperação de infra-estruturas ferro-portuárias.
Desse valor, mais de metade destina-se à recuperação do porto de Nacala e da linha férrea que liga o porto a Moatize, província de Tete, onde a Vale explora a maior concessão de carvão na região.
Os investimentos em Moçambique para este ano fazem parte de um volume global de mais de 16 mil milhões de dólares que a a Vale vai aplicar em várias partes do mundo onde detém concessões mineiras.
A transmissão da participação de 5% para o Estado moçambicano acontece 48 horas depois de o Presidente moçambicano e o primeiro-ministro português terem fechado o “dossier” da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, passando o Estado moçambicano a controlar 92,5% do capital social daquele empreendimento. (macauhub)