Investimento directo do Estado angolano em Portugal deixou de ser prioritário

10 May 2012

O investimento directo do Estado angolano em Portugal deixou de ser prioritário, disse quinta-feira em Luanda o ministro de Estado e da Coordenação Económica e antigo presidente da estatal petrolífera Sonangol, Manuel Vicente, de acordo com a agência noticiosa portuguesa Lusa.

“O Estado hoje tem outras prioridades estando a olhar mais para os problemas internos do que para os externos”, acentuou Manuel Vicente, no decurso da apresentação do balanço das actividades do governo angolano no primeiro trimestre de 2012.

Manuel Vicente respondia à pergunta se Angola iria participar no programa de privatizações previsto em Portugal nos sectores da comunicação e transportes ou se a iniciativa ficaria do lado de empresários privados, como sucedeu nos últimos dias com a empresária Isabel dos Santos, ao comprar participações significativas na banca e nas telecomunicações em Portugal.

Todavia, Manuel Vicente justificou o porquê da escolha de Portugal para os primeiros investimentos directos do Estado angolano, tendo mencionado a tomada de uma participação no banco português Millennium bcp “não para ir buscar dividendos no final do ano mas para dispor de uma plataforma financeira que pudesse suportar o grande crescimento da Sonangol (a estatal petrolífera angolana) e da economia angolana”.

“A ideia era dispormos de uma plataforma na Europa para termos acesso a dinheiro mais barato e de forma mais eficiente e por isso sempre dissemos que o investimento não era de curto prazo mas sim de muito longo prazo”, adiantou o ministro. (macauhub)

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