A Reserva Nacional do Niassa, em Moçambique, terá nova gestão a partir de Setembro a fim de ultrapassar o conflito de interesses entre a administração actual que é privada e a preservação dos recursos naturais, afirmou o porta-voz do Conselho de Ministros.
De acordo com a decisão do Conselho de Ministros, a gestão que era feita pela Sociedade de Investimentos do Niassa, com participação do Estado, através do Instituto de Gestão das Participações do Estado, termina este ano estando a ser preparada uma estrutura de gestão que permita assegurar o objectivo principal que é a conservação dos recursos florestais e de fauna.
Citado pelo matutino Notícias, de Maputo, Alberto Nkutumula disse que o contrato existente com uma validade de 10 anos a terminar em Setembro não será renovado.
A Reserva do Niassa cobre uma área que inclui parte da província de Cabo Delgado e um terço da província do Niassa, tendo sido criada na década de 50, sendo que desde então a sua dimensão tem vindo a sofrer alterações.
Actualmente, a reserva compreende 42000 quilómetros quadrados, duas vezes a dimensão do Kruger Park, na África do Sul, dispondo de uma grande concentração de vida selvagem, grande parte ainda por explorar.
Com base numa contagem aérea feita em 2002, estima-se que habitem na reserva cerca de 12 mil elefantes, 2 500 búfalos, 10 mil pala-palas e 200 cães selvagens (estes últimos em perigo de extinção), havendo ainda leões, leopardos, hienas, bois-cavalo e zebras, entre outra fauna bravia. (macauhub)